Acadêmicos da Rocinha

Rio Carnival
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CARNAVAL 2024

 “Zé Espinguela – Chão do meu terreiro”

 

G.R.E.S. Arranco | Carnaval 2024


SINOPSE – RESUMO

Antes de tudo haver, já havia tudo – ou quase tudo: o batuque, os versos, os poetas, o canto, os fundamentos e assentamentos, os pavilhões, a iminência da festa, o cheiro bom da festa, a macumba, as torcidas, as cordas de aço, as tias, os santos (todos eles), as fés (todas elas), o barulhinho bom, o disse-me-disse, o zum-zum-zum… A DISPUTA. Havia samba, terreiro e chão. Havia o mundo, havia carnaval.


Rio de Janeiro, bairro do Engenho de Dentro, domingo, 20 de janeiro de 1929. Dia de Oxóssi, dia de São Sebastião. Zé Espinguela, líder religioso, compositor, arengueiro, jornalista, fundador da Mangueira, juntou três agremiações e um time de bambas para realizar aquele que é considerado o primeiro campeonato de samba, a origem dos desfiles de carnaval. Na disputa, nada menos que a Deixa Falar (que se transformaria em Estácio), o Conjunto de Oswaldo Cruz (futura Portela) e a Mangueira. Cartola, Heitor dos Prazeres, Benedito Lacerda, Paulo Benjamim de Oliveira, Antônio Caetano. Estavam todos lá. Estão todos, ainda hoje, aqui.


O evento aconteceu no terreiro de Espinguela, na atual rua Adolfo Bergamini, onde está localizada a quadra do Grêmio Recreativo Escola de Samba Arranco. O nosso chão.

Em 2023, festejando cinquenta anos de sua fundação, o Arranco, guiado por Zé Espinguela, mostrará o nascimento dos desfiles das escolas de samba, filhas de toda a África em chão carioca, e seus muitos caminhos até chegar ao maior espetáculo do planeta. É do Engenho de Dentro para o Mundo! De onde viemos, onde chegamos e onde nossa arte pode nos levar. Semente, raiz, tronco e fruto. ZÉ ESPINGUELA — CHÃO DO MEU TERREIRO.

Ficha Técnica

  • Fundação: 21 de março de 1973
  • Cores: Azul, Branco e Ouro
  • Presidente: Tatiana dos S. I. Alves
  • Quadra:  Rua Adolfo begamini, 196 Engenho de Dentro.
  • site:   http://www.gresarranco.com.br/

 História da Arranco

Pelos idos dos anos 50, surgiu a idéia de se formar um bloco carnavalesco, no subúrbio do Engenho de Dentro, já famoso pelo seu carnaval. Os irmãos Oscar e Beto (este de saudosa memória) tiveram a iniciativa e partiram para a batalha.


Pela sua tradição de “bloco de sujos” e levar consigo um grande numero de foliões como um verdadeiro arrastão, deu-se o nome de Arranco. Nos seusprimeiros passos sentia-se que aquele bloquinho iria tornar-se, em futuro bem próximo, uma grande Sociedade Carnavalesca, quer pela sua aceitação quer pela sua organização.


Criaram-se então as cores azul e branco como oficiais da agremiação e passou a apresentar carnavais que o povo ainda se recorda como: Gregos, Romanos, As Mil e Uma Noites e as coadjuvados pelo grande compositor Serrinha fizeram o Arranco opcupar lugar de destaque, tornando-se um verdadeiro sucesso. Posteriormente filiou-se à Federação de Blocos, onde há alguns anos vem disputando com os seus co-irmãos o primeiro lugar, o que por um desses caprichos na natureza ainda não pode conquistar. O sucesso é grande. O êxito aumenta dia a dia e para nosso orgulho recebemos um convite do Consulado da Argentina, a fim de participarmos de um concurso carnavalesco naquele país irmão. Pois bem, amigos, o Arranco se fez presente e honrando suas tradições apresenta-se de forma exuberante onde a Ala das Colheres, mais uma incrementação arranquista no samba, empolga e conquista a todos e até o primeiro lugar, com sete medalhas de ouro.


O Arranco não se deixou levar pelos louros alcançados e continua lutando na quadra e no asfalto para manter aquilo que é de todos nós, o Samba Autêntico.


Não poderíamos esquecer o novo sangue injetado pela atual diretoria que com sua dinâmica vai implantando uma outra mentalidade nos jovens e procura fazer da nossa Sociedade um segundo lar. Portanto, meus amigos, o Arranco cresce: venha visitá-lo para conhecê-lo melhor e sentir o calor do samba brasileiro, o carinho das cabrochas no seu bambolear estonteante acompanhado este ritmo gostoso num sobe e desce constante. O Arranco é tudo isso e mais Samba, e Samba cujo futuro de gigante começa a despertar nas mentes sãs destes moços incansáveis porque a nossa agremiação está em ritmo de Brasil Grande.


Agora o publico discófilo poderá deliciar-se com o nosso primeiro compacto, ouvindo músicas do enredo do carnaval de 1972. “O Sonho da Independência”.
Face A Samba 1 – Sonho da Independência (Ala de Compositores)
Samba 2 – Divina Dama (Serrinha)
Face B Samba 1 – Momo Pede Folia (Mazola)
Samba 2 – Jurei (Ayrton e José Carlos)
Acompanhamento: Nilson na marcação, Barrabás no 3º surdo, Serrinha no cavaquinho, Cleber no repicado, Iran no tarol, Baiano no chocalho, Merenda no reco-reco e Ivo, Zezé, Tonico, Ramon e Aeto nas colheres. Todos sob a direção de Jonga.
Uma realização da nova diretoria do Arranco
Por Professor Alberto Maranhão.
AESEG – Associação das Escolas de Samba do Estado da Guanabara
Entidade máxima de Representação Oficial das Escolas de Samba que participam do Carnaval Carioca
Utilidade publica Nº 1.473″

O primeiro desfile oficial da Sociedade Recreativa Carnavalesca Arranco, foi organizado em 1965 na Praça Onze, passando a desfilar no primeiro grupo da Federação dos Blocos Carnavalescos da Cidade do Rio de Janeiro até a sua transformação em Escola de samba.

Tendo como sua Madrinha a vitoriosa PORTELA

Em 21 de março de 1973, o bloco se transformou em Escola de Samba. A imprensa não gostou da atitude dos dirigentes em transformar o famoso Bloco em Escola de Samba. Muitas pessoas diziam que essa transformação não seria uma boa para a Agremiação.

A vitoriosa Portela foi convidada a se manter como madrinha do Arranco. Como a cores da Portela é azul e branca, o Arranco adotou como símbolo o Falcão, “primo” da Águia, que é o símbolo da Portela. Em 1978, participou do desfile principal, sendo a Primeira Escola de Samba da História a desfilar na Marquês de Sapucaí, quando transferiram os desfiles da Avenida Presidente Vargas para a Rua que seria o templo sagrado do samba conhecido como Avenida dos Desfiles. Naquele ano o desfile aconteceu no sentido inverso aos dos dias de hoje (do Catumbi para a Av. Presidente Vargas). retornando em 1989, com a responsabilidade de abrir o desfile com o enredo. “Quem vai querer”.