Paraíso do Tuiuti

Rio Carnival
Rio Carnival

Ficha Técnica 2024

  • Enredo: “Glória ao Almirante Negro!”
  • Carnavalesco: Jack Vasconcelos
  • Presidente: Renato Thor
  •  Diretor de Carnaval: André Gonçalves
  • Intérpretes: Pixulé e Grazzi Brasil
  • Mestre de Bateria: Marcão
  • Rainha de Bateria: Mayara Lima
  • Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane
  • Comissão de Frente: Claudia Mota e Edifranc Alves

 “GLÓRIA AO ALMIRANTE NEGRO!”

G.R.E.S Paraíso do Tuiuti | Carnaval 2024

Sinopse – RESUMO

Nós nem cremos que escravos outrora tenha havido em tão nobre País. Hoje o rubro lampejo da aurora acha irmãos, não tiranos hostis. Somos todos iguais! Brasil, entre o crepúsculo do século dezenove e a alvorada do século vinte.

João Cândido Velho e Inácia Cândido Velho conheceram bem a escravidão e o suor cotidiano do trabalho duro insistia em não reconhecer diferença entre presente e passado; mas o filho deles, João Cândido Felisberto, nascera sob a sombra da liberdade que abriu as asas sobre nós, porém ele não escaparia de sua herança.

Altivo como um lanceiro negro de lenço encarnado lá se ia o menino montando o alazão pelas terras gaúchas da fazenda na vila da Encruzilhada. Negrinho do pastoreio na lida com a boiada de guizos e fitas, guri pés na terra, vento nas ventas, olhos no horizonte e cabeça nas embarcações que via flutuarem pelos rios levando arroz, trigo, animais… Vagando… Navegando… Era a vida, árdua labuta vestida de sonho para melhor ser cumprida.

Já rapazote, sem arreio que lhe coubesse e futuro que garantisse, seu fado foi ancorar na Marinha. Destino este, aliás, de muitos dos desamparados pela tal liberdade alada. Lutadores inglórios, piratas, farofeiros, cachaceiros, feiticeiros, os que não tinham a dignidade de um mestre-sala serviriam para serem marinheiros. Entre alistamentos desesperados, delegacias e casas de correção se recrutava a marujada, enquanto a boa cepa das classes sociais superioras estrelava os cargos de chefia, altas patentes.

Hierarquia distintiva tradicionalmente mantida à força bruta. Maus-tratos e pagamento vergonhoso aos marinheiros eram legitimados pela “casa grande”, sempre com sua estimada chibata em punho. Convés era altar para o fetiche colonial que sangrava as costas dos santos entre cantos e rufar de tambores em solenidade normalizada. Tronco tocaiado de mastro. Porão de negreiro. Tatuagens da escravidão que marcavam as carnes do pessoal do porão.

O tempo e o vento na capital federal fizeram o jovem João Cândido, habilidoso, dedicado, carismático entre os parças e bem aceito pelos oficiais, tornar-se marinheiro de primeira classe. A carreira militar o levou a singrar mares nunca dantes imaginados pelo menino da fazenda: conheceu portos de vários países, navegou pela Amazônia e até rompeu mata em luta armada na floresta pela expulsão dos bolivianos das terras acreanas. Viajou a Inglaterra para acompanhar a construção e aprender o manejo dos poderosos encouraçados ‘dreadnoughts’, batizados Minas Gerais e São Paulo, encomendados pelo Brasil para reforçar o poder de fogo e valorizar a Armada.

Considerada por muitos uma ação deveras ostentosa num cenário sem guerra iminente para enfrentar e com o quadro de praças tão debilitado. Lá assistiu com seus companheiros uma reunião sindical pela primeira vez. Os ouvidos da marujada foram semeados com histórias sobre greves, movimentos pela melhora da situação dos marinheiros, a grande rebelião ocorrida no encouraçado russo Potemkin, que se levantou contra a má alimentação a bordo. Sentiram soprar um vento fresco sobre seus cascos cansados de humilhações ao saberem das conquistas de melhores condições e tratamento pelos colegas estrangeiros. Com lições na bagagem e coragem no peito, voltariam diferentes. Determinados a se levantar contra as injustiças sofridas.

Ao cruzar a linha do Equador no regresso à pátria, a bordo do Minas Gerais, com galões de comandante nos punhos, João Cândido é aclamado deus Netuno pela guarnição na tradicional comemoração de retorno. Salve as sereias, baleias, tritões-marinheiros! Salve o Netuno negro! Era o símbolo de uma aliança. Nascia um líder.

A insatisfação da marujada ficaria cada vez mais evidente, externada até, e o movimento de insurreição foi tomando forma entre os porões dos navios e em comitês. Rebelar era preciso.

Foi então que um acontecimento fez precipitar os planos. Uma ordem de aplicar duas centenas e meia de chibatadas num marinheiro acusado pelo “crime” de levar cachaça para o navio avermelhou as águas da Guanabara em um espetáculo de crueldade. O sentimento de indignação, que há muito se represava, estourou e, como diz a famosa canção de gesta moderna, o Dragão do Mar do Ceará reapareceu no bravo marinheiro João Cândido em plena baía carioca. Naquela noite os toques de clarim do Minas Gerais não pediram recolhimento e sim combate. Bradando “liberdade” e “abaixo a chibata” os revoltosos travaram batalha contra os oficiais, rubras cascatas jorraram das fardas brancas, e tomaram o controle. Líder da revolta, João, de lenço vermelho no pescoço tal qual um lanceiro negro do Rio Grande, comandou as etapas. O Rio de Janeiro, então capital da República, se deparou com navios de guerra dos mais modernos e poderosos do mundo com os seus canhões direcionados para ele, de bandeiras vermelhas hasteadas e exigindo o fim da fome e da chibata. Os estrondos dos primeiros tiros de canhão tremeram a cidade. O recém-empossado presidente, marechal Hermes da Fonseca, deixou o baile no Clube da Tijuca à toque caixa para o Palácio do Catete onde recebeu o aviso vindo dos amotinados com suas reivindicações e a ameaça de bombardeio a cidade e as embarcações que não aderiram ao movimento em caso de recusa do governo. Foi um assombro tamanha audácia.

Pela manhã, a população se amontoou nas praias e morros para ver a movimentação magistral dos imponentes Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro pela baía, a maravilha daquele momento, mas a curiosidade logo cedeu assento para o desespero quando mais alguns tiros de canhões de baixo calibre foram disparados para assustar os governantes e provocou uma movimentação de fuga desesperada (dos mais abastados) para a região serrana e (dos menos favorecidos) para os bairros do subúrbio. Jornais e periódicos repercutiram a situação extraordinária mais alto que o som dos disparos. Rapidamente fizeram famosa a figura do tão comentado “almirante negro”, como o escritor João do Rio passou a chamá-lo no Gazeta de Notícias.

Depois de alguns dias de trapalhadas políticas frente a algo tão inusitado, o governo cedeu e prometeu melhorar as condições de tratamento, trabalho, e extinguiu a chibata do modus operandi da Marinha. O senado, apoiado pelo inflamado discurso de Rui Barbosa, aprovou uma lei de anistia para os marinheiros revoltosos. Com essas medidas as bandeiras vermelhas foram arriadas, os canhões se desarmaram. A marujada conseguiu. O almirante negro venceu. Ninguém mais passaria fome. Ninguém mais apanharia da chibata.

Só não contavam com a traição do marechal presidente em não cumprir o acordo de anistia e mandar parte dos revoltosos para prisão e o restante para tenebrosa viagem sem volta no navio Satélite. Jogado mais de uma dezena de companheiros numa pequena cela insalubre na ilha das cobras, João os viu sucumbir envenenados pela cal jogada no cárcere. Sobreviventes? Apenas ele e mais um. Mesmo com a saúde abalada continuou preso. Agrilhoado às alucinações e pesadelos daquela câmara do terror, devolveu ao mundo delicadeza bordando em velas-tecidos de esperança que desfraldavam seu “amôr” e desejo de liberdade. A forte tormenta que atravessava o marinheiro o fez atracar no Hospital de Alienados na praia Vermelha. Diziam estar louco aquele homem do mar.

Tempos depois, livre da fantasia da insanidade, sob o manto protetor da Irmandade da Igreja Nossa Senhora do Rosário que providenciou sua defesa, foi julgado pelo Conselho de Guerra. Finalmente absolvido, mas desligado da Marinha, continuou sendo perseguido pelas autoridades. O grande chefe rebelde que garantiu a vitória da revolta da esquadra passaria a ganhar a vida como pescador nas mesmas águas da baía que foi palco de sua aventura, nas pedras pisadas do cais da Praça XV. O mar era seu amigo, nunca deixou faltar.

Brasil, depois do século vinte e caminhando no século vinte e um.

João Cândido Felisberto conheceu a herança da escravidão, virou símbolo de luta contra injustiças, de liderança. É saudado no povo. Cantado, versado, escrito, representado, pintado, tatuado, homenageado em escolas de samba… Salve o Almirante Negro! O maior herói da NOSSA pátria. O herói do povo. Erguido em bronze, assentou praça de frente para a baía de Guanabara. Necessário monumento amplificador de vozes contra a chibata que ainda insiste em ser acionada em nossa sociedade atualmente.

Nós nem cremos que os escravos de outrora ainda sejam vistos e tratados como em tão nobre País. Hoje o rubro lampejo da aurora não acha irmãos, mas tiranos hostis. Não somos todos iguais!

Enquanto houver quem defenda ditaduras haverá uma chibata empunhada, afinal não faz muito tempo…

Jack Vasconcelos

Títulos da Escola

2016

Campeã

2011

Campeã

1997

Campeã

1987

Campeã

Ficha Técnica

  • Fundação: 05/04/1952
  • Cores: Amarelo ouro e azul pavão
  • Presidente: Renato Thor
  • Quadra: Campo de São Cristóvão, 33 – São Cristóvão – Rio de Janeiro – RJ CEP 20921-440
  • Barracão: Cidade do Samba (Barracão nº 03) – Rua Rivadávia Correa, nº 60 – Gamboa – CEP: 20.220-290
  • Web site: http://gresparaisodotuiuti.com.br/

A História da Paraíso do Tuiuti


A atuação da Paraíso, de início, foi discreta, mas em 1968, com o enredo de Júlio Matos homenageando o bairro de São Cristóvão, tira o primeiro lugar no Grupo 3 e vai para o Grupo 2. No ano seguinte consegue o terceiro lugar no Grupo 2, com um ponto atrás da Unidos do Jacarezinho, vice-campeã.

De fato, até o início da década de 1980 quase ninguém ouviu falar da escola, mas a partir de então, a escola viveu um momento de grande euforia, graças ao empenho da carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, que deu o título do Grupo A para a escola que não tinha patrono, fenômeno típico das grandes escolas, que conferem fama e prestígio a quem delas se aproxima. A Paraíso do Tuiuti não pôde contar senão com a pequena subvenção oficial para fazer frente aos altos gastos que o Carnaval, com as características que tomou nos nossos dias, exige. No final da década dos anos 1990, a escola não cessou de crescer e fortalecer-se, até que, convidada a participar do Grupo A em 2000, apresentou o enredo sobre Dom Pedro II e se sagrou vice-campeã, no desempate com a escola Em Cima da Hora, adquirindo o direito de desfilar em 2001 no Grupo Especial.


No Grupo Especial, a escola contou a história de um mouro que saiu da Espanha, em direção à Meca e acabou no Brasil, guerreando no Quilombo dos Palmares. Considerada como zebra do grupo de acesso A em 2000, a escola a adotou como mascote, e as trouxe no África Livre. A escola teve muitos problemas com seus carros alegóricos. Em 2002, de volta ao Grupo de Acesso, a Tuiuti encerrou o desfile com o dia amanhecendo, numa trégua da chuva e poucas pessoas nas arquibancadas. O enredo era uma homenagem ao carnavalesco Arlindo Rodrigues, célebre por antigos carnavais no Salgueiro e Imperatriz.


Em 2003, a Tuiuti se destacou no grupo de acesso. Com o enredo em homenagem ao centenário do pintor Cândido Portinari, apresentou um criativo desfile desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros. A comissão de frente entrou com saias de pincéis giratórios, vestida de paleta de tinta em uma aquarela. No abre-alas,a grande coroa, símbolo da escola, feita com 7 500 latas de tinta, inclusive com tampas revestindo o piso, gerando um belo efeito visual. O carro com esculturas de negros carregando sacos de café, sem figuras vivas e com canhões de luz de baixo para cima, também causava impacto, assim como a alegoria que trazia espantalhos de campos de milho que coreografavam para assustar os corvos. Apesar do terceiro lugar, o desfile foi tão surpreendente que a Unidos da Tijuca convidou Paulo Barros para desenvolver o enredo da escola do Borel em 2004 no Grupo Especial, escrevendo nova história do carnaval carioca.


Em 2004, mais uma vez fechando os desfiles do grupo de acesso, a Tuiuti reverenciou poeta Vinícius de Moraes, desenvolvido pelo carnavalesco Jaime Cezário, mas não se destacou. No ano seguinte fez mais uma homenagem, desta vez ao jornalista Ricardo Cravo Albim, mas acabou rebaixada pro Grupo de Acesso B.


Nos anos seguintes, tentou subir de grupo, mas somente em 2008, com um enredo falando sobre o sambista Cartola, conseguiu o vice-campeonato e novamente retornou para o Grupo de acesso A em 2009.


Em 2009, o Tuiuti trouxe roletas, dados e cartas cheios de cores e brilhos para reviver a época de luxo e riqueza que marcou o imponente Cassino da Urca.


Para o carnaval 2010, a escola trouxe como enredo o mesmo enredo de 1990, uma homenagem a escritora Eneida de Moraes. No entanto, não foi uma reedição, mas sim uma releitura, onde foram acrescentadas novas ideias, como uma menção ao Carnaval virtual. A escola acabou, em 2010, na 12ª posição sendo rebaixada para o ano de 2011 ao Grupo B, juntamente com a Unidos de Padre Miguel. Após o rebaixamento a escola precisou deixar sua quadra, devido a uma liminar imposta pelo DER-RJ.

Na sua volta ao Grupo B, a escola de São Cristóvão trouxe como enredo O Mais Doce Bárbaro – Caetano Veloso sobre o cantor Caetano Veloso, do carnavalesco Eduardo Gonçalves. Fez um desfile candidato a ganhar, inclusive com o homenageado desfilando. Daniel Silva foi o intérprete e Gracyanne, rainha de bateria.[14] Última escola a desfilar na terça-feira, na Sapucaí, com esse desfile, obteve o título do Grupo de acesso B.[15]


Para 2012, a escola contratou o carnavalesco Jack Vasconcelos, que estava na Viradouro, e o Mestre Celinho (ex-Unidos da Tijuca), que estava afastado do carnaval há alguns anos. Intitulado “A tal mineira”, o enredo seria sobre Clara Nunes.[16] Terminou na última colocação, mas, devido a uma manobra que cassou os direitos da LESGA, permaneceu no grupo de acesso A. Em 2013, seguiu na mesma linha de homenagens, desta vez ao humorista Chico Anysio.


Em agosto de 2013, Renato Thor, abdicou de ser presidente da agremiação, para se dedicar à vice-presidência da LIERJ, deixando em seu lugar seu pai, Jorge Honorato.[18] Este trouxe o experiente carnavalesco Severo Luzardo, para reeditar o clássico samba-enredo Kizomba – A festa da Raça, com o qual a Vila Isabel sagrou-se campeã do Grupo Especial em 1988.[19][20] A poucos meses do desfile, a escola chegou a cogitar dispensar Claudinho Tuiuti do comando da bateria,[21] o que acabou não ocorrendo. Bastante elogiada em seu desfile, a escola se manteve no mesmo grupo para o ano seguinte.

Em 2015 a escola apostou no retorno de Jack Vasconcelos, como carnavalesco, que surpreendeu com um enredo de temática indígena, “Curumim chama Cunhantã que eu vou contar…”, que foi baseado em um livro do escritor Hans Staden. Com um desfile surpreendente, tendo como destaque a sua comissão de frente, a escola acabou ficando com a 5º colocação.


Para 2016, a escola manteve Jack Vasconcellos, apesar deste também assinar o carnaval da União da Ilha. Daniel Silva continuou a frente do carro de som da escola e, a princípio, faria dupla com Ciganerey (que chegou a gravar o CD da Série A) porém, este foi chamado para assumir o microfone principal da Mangueira devido ao falecimento do interprete Luizito. Porém, Daniel ganhou a companhia de Leandro Santos, que havia saído da Estácio de Sá. A bateria, continuou o premiado Mestre Ricardinho, visando trazer os 120 pontos para a escola no quesito, já que em 2014 e 2015 a bateria Super Som garantiu a nota máxima (40 pontos) para a agremiação. Com o enredo “A Farra do Boi” a escola fez um desfile empolgante e conquistou a Série A perdendo apenas 0,1 dos 270 pontos possíveis, garantindo assim seu retorno ao Grupo Especial depois de 15 anos.


Para o carnaval de 2017, a escola se reforçou com o experiente casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Marquinhos e Giovanna, vindos da Viradouro e com o intérprete Wantuir, vindo da Portela. A princípio, Wantuir faria dupla com Daniel Silva, mas este deixou a escola. O enredo foi “Carnavaleidoscópio Tropifágico” sobre os 50 anos do movimento Tropicália. A escola fez uma apresentação bonita, mas sem muito destaque. Na apuração, terminou em décimo segundo lugar, mas por conta dos inúmeros acidentes ocorridos nos dois dias de desfile das Escolas de Samba (um deles envolvendo a própria Tuiuti, com a última alegoria prensando algumas pessoas na grade do Setor 1, ferindo cerca de vinte – entre os feridos, a radialista Liza Carioca, que falecera dois meses depois) a LIESA decidiu vetar o rebaixamento para a Série A no ano de 2017. Sendo assim, a Paraíso do Tuiuti permanece no Grupo Especial para o carnaval de 2018, fazendo sua melhor participação na elite do samba carioca – dois anos consecutivos.


Para o carnaval de 2018 o enredo da escola será sobre os 130 anos da Lei Áurea cujo título será “Meu Deus! Meu Deus! Está extinta a escravidão?”. Diferente dos anos anteriores, a Tuiuti optou por encomendar seu samba-enredo à compositores da escola, e contará com o reforço do intérprete Nino do Milênio (ex-Inocentes de Belford Roxo) e do casal de mestre-sala e porta-bandeira Marlon Flores e Danielle Nascimento.

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