Rio Carnival
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Bandeira_do_GRES_Império_Serrano

Ficha Técnica 2023

  • Presidente: Sandro Avelar
  • Carnavalesco: Alex de Souza
  • Diretores de Carnaval: Wilsinho Alves
  • Intérprete: Ito Melodia
  • Mestre de Bateria: Mestre Vitinho
  • Rainha de Bateria: Darlin Ferrattry
  • Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Marlon Flôres e Danielle Nascimento
  • Comissão de Frente: Júnior Scapin

“Lugares de Arlindo”

G.R.E.S IMPÉRIO SERRANO | Carnaval 2023

Sinopse – Resumo

No dedilhar das cordas, nascia o músico e, nos festivais, o compositor.

A luz de Candeia iluminou o caminho, que o levou ao seu lugar.

Onde fica esse lugar?

Fica no samba de roda, na roda de amigos, num bloco de caciques brincando o carnaval.

No fundo de quintal, onde o “bom aprendiz”, recebeu a maior “Lição de Malandragem”: a de ser um artista popular.

Junto ao partido-alto, ao batuque e ao pagode.

Em Madureira, sorriso, paz e prazer de um suburbano nato orgulhoso, do povo do gueto, dos becos e vielas.

Na fé de quem tem o corpo fechado. Na arte que vem do batuque dos terreiros, na tradição dos tambores de Xangô. Na herança cultural e religiosa que dá o tom de sua música.

Dentro do coração de um romântico Orfeu, senhor e cativo nas artes da paixão.

Em plena passarela, na “festa da massa”, que cantava seus hinos, onde imperou sua porta-bandeira, o grande amor.

No glorioso Império Serrano, que, com a proteção de São Jorge Guerreiro, também retorna ao seu verdadeiro lugar.

A recordar aquarelas de Silas, Mano Décio da Viola, com Beto Sem Braço, Aluísio Machado e Roberto Ribeiro. Está na Rainha Ivone, cantando ao alvorecer e lembrando que a Pérola Negra passou por aqui.

Está no palco com os amigos de sempre, seus parceiros e intérpretes.

O lugar de um “sambista perfeito”, neste show que jamais se encerrará.

Concentra-se na força desse homem que nada derruba e sabe que “ainda é tempo pra ser feliz”.

Esse lugar se encontra, enfim, em um de seus versos: “Sou eu, sou eu, sou eu, sou eu”.

Carnavalesco: Alex de Souza
Editor e pesquisador: Leonardo Lichote

Títulos da Escola

1982

Campeã

1960

Campeã

1956

Campeã

1950

Campeã

1948

Campeã

1972

Campeã

1955

Campeã

1951

Campeã

1949

Campeã

Ficha Técnica

  • Fundação: 23/03/1947
  • Cores: Verde e Branco
  • Presidente: Sandro Avelar
  • Quadra: Av. Ministro Edgar Romero, 114 – Madureira CEP 21350-302

A História da Império Serrano

Em seu primeiro desfile, a escola sagrou-se campeã, no ano de 1948,[37][38] ano em que ainda não havia a divisão do Carnaval entre grupo principal e divisões inferiores. Começava a surgir, no entanto, a disputa política entre as entidades representativas UGES e FBES, sendo o Império filiado a esta última. Apenas as escolas filiadas a FBES teriam recebido verbas públicas, uma retaliação do poder municipal a proximidade entre a UGES (depois UGESB) e o PCB.

A presença de Irênio Delgado, considerado pela Portela e Mangueira como simpatizante do Império Serrano, aprofundou a cisão, levando a organização de mais de um concurso nos três anos seguintes, um por cada entidade representativa (UGESB, FBES e a efêmera UCES, que só durou um ano). No concurso da FBES, o Império Serrano venceu nos três anos, obtendo o tetra-campeonato consecutivo.

Com a reunificação do carnaval em 1952 a partir da criação da AESCRJ, não houve julgamento dos desfiles do grupo principal daquele ano, o que fez com que apenas em seu sexto carnaval a escola da Serrinha não conquistasse o título, sendo vice-campeã em 1953 e 1954. Venceu novamente em 1955 e 1956, posicionando-se a partir de então como uma das forças mais tradicionais do Carnaval carioca de então, ao lado de Portela, Mangueira e Salgueiro.

Em 1975 a escola escolheu como enredo “Zaquia Jorge, Vedete do Subúrbio, Estrela de Madureira”, sendo a disputa interna vencida pelo compositor Avarese. No entanto, o samba que ficou em segundo lugar, composto por Acyr Pimentel e Cardoso, acabou sendo gravado por Roberto Ribeiro sob o título “Estrela de Madureira”, e se tornou um clássico do samba, e também uma espécie de hino da escola, tornando-se muito mais famoso que o samba vencedor daquele ano.

Em 1978 entre as 10 escolas de samba do Grupo Principal, a Império Serrano termina na sétima posição e com isso sofre o seu primeiro rebaixamento da história .

No ano de 1981, é lançado o livro “Serra, Serrinha, Serrano: o Império do Samba”, de Raquel Valença e Suetônio Valença, até hoje considerado uma referência sobre a história da escola.Nesse mesmo ano a escola ficou em último lugar.

Em 1982, a cantora Clara Nunes gravou o Serrinha (samba em homenagem à escola), escrito por Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro.

Também na década de 1980, a escola teve grandes momentos com enredos criados por Fernando Pamplona, desenvolvidos por outros carnavalescos, como Bumbum Praticumbum Prugurundum, de 1982, quando as carnavalescas Rosa Magalhães e Lícia Lacerda deram ao Império Serrano seu último título da primeira divisão, após um jejum de dez anos,Mãe Baiana Mãe (1983), Eu Quero (1986), Com a boca no mundo, quem não se comunica se trumbica (1987) e Para com isso, dá cá o meu (1988).[39]

Na década de 1990, a escola enfrentou sérios problemas de política interna que redundaram em três rebaixamentos (1991, 1997, 1999).

O Império voltou à elite do carnaval em 2001, mas ainda permaneceu lutando com dificuldade para permanecer no Grupo Especial. Nesse ano, trouxe um samba de Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena e Elmo Caetano, que foi considerado pela crítica como o mais bonito do ano, e que contava a história da Resistência, como era chamado o Sindicato dos Estivadores do Rio de Janeiro, ao qual vários dos primeiros integrantes da escola foram ligados. Porém um defeito no principal carro alegórico, formado por um contêiner que se abriria durante o desfile, inviabilizou a surpresa que a escola havia preparado, o que certamente deve ter lhe tirado pontos preciosos.

Em 2004, o Império reeditou “Aquarela Brasileira”, considerado um dos sambas-enredo mais bonitos da história, e mesmo com problemas financeiros e disputas internas, levantou o público no Sambódromo, mas acabando longe do título na classificação final.