Estácio de Sá

Rio Carnival
Rio Carnival

Enredo 2023

  • Carnavalesco: Tarcísio Zanon
  • Diretor de Carnaval: Walmir Cerilo
  • Diretor de HarmoniaSaint Clair Luiz João Alexandre Correa 
  • Intérprete: Serginho do Porto
  • Mestre de Bateria: Mestre Chuvisco
  • Rainha de Bateria: Jéssica Maia
  • Mestre-Sala: Zé Roberto
  • Porta-Bandeira: Alcione
  • Comissão de Frente: Ariadne Lax
  • Desfile de 2023
  • Posição de desfile3º escola a disfila sábado
  •  02/03/2023 / 23:30 – 23:50

Sinopse – RESUMO


A pedra, para o ser humano, representa a permanência do tempo. A camada externa e dura da Terra, a rocha.


A beleza sólida desse material é a essência de nosso planeta. E foi essa beleza sólida que nossos ancestrais usaram como caminho para registrar suas passagens pelo mundo.

Descobriu-se a beleza dos diamantes, de tantas pedras preciosas ou semipreciosas e do ouro. Foi esta uma das primeiras atividades de exploração dos homens no Brasil, mais precisamente em Minas Gerais, no século XVIII. A partir de 1771, criou-se a Real Extração, sob o controle da Coroa portuguesa, decreto que durou até mesmo depois da Proclamação da Independência. Foram as primeiras pedras que trilhamos no nosso caminho.


A própria cidade é um amálgama de pessoas vindas de todos os cantos do Brasil. Vêm do norte e do nordeste, do sul e do sudeste, vêm do centro e vêm do leste. Todas sonhando em extrair daquela terra as muitas riquezas que ela guarda. E acabam também formando uma amostra da variedade do povo brasileiro.


A rocha mais antiga que conhecemos uma lasca com pouco mais de dois centímetros, foi coletada na Lua pelos astronautas da nave Apollo. Tem quatro bilhões de anos.


A nossa Terra, vista da Lua, ainda é linda, azulzinha… Até quando?

Rosa Magalhães

Ficha Técnica

  • Fundação: 27 de fevereiro de 1955
  • Cores: Vermelho e branco
  • Presidente: Leziário Nascimento
  • Presidente de Honra: Coronel França
  • Quadra: Av. Salvador de Sá, 206-208 – Cidade Nova, Rio de Janeiro – RJ, 20221-005
  • Ensaios:
  • Barracão:
  • Web site: http://gresestaciodesa.com.br
  • Imprensa:

A História da Estácio de Sá


Em sua bandeira, a Estácio de Sá carrega o nome do fundador da cidade do Rio de Janeiro, mas sua história se confunde, sobretudo, com a formação das escolas de samba. A explicação é simples: “Vem de lá, vem de lá”, da região da Praça Onze, a origem da vermelha-e-branca. É a Deixa Falar, considerada por pesquisadores como a primeira de todas. É no Estácio, pertinho da Praça Onze, reduto do samba, da batucada e do candomblé, palco de personagens clássicos do mundo do samba como Tia Ciata, Donga e Sinhô, que nasceu a Deixa Falar, em meados de agosto de 1927. Um dos seus fundadores é Ismael Silva, sambista de Niterói que se mudou ainda criança para a região do Rio Comprido na década de 20. Inicialmente, a Deixa Falar era bloco, mas logo se tornou escola de samba. A alcunha foi sugerida pelo próprio Ismael Silva, em analogia a uma escola normal que funcionava no bairro. Para ele, a Deixa Falar funcionava como um celeiro de “professores do samba”.bandeira historia


Como escola, a Deixa Falar desfilou pouco – apenas nos carnavais de 1929, 1930 e 1931. Nem chegou a participar do primeiro desfile oficial, organizado pelo jornal “Mundo Sportivo”, em 1932. No entanto, foi referência para o surgimento de outras agremiações no Rio de Janeiro, inclusive no próprio morro de São Carlos, base da atual Estácio de Sá. Lá, foram fundadas outras escolas que faziam sua folia na disputa pelo título, como “Cada Ano Sae Melhor”, “Vê se pode” (posteriormente “Recreio de São Carlos”) e o “Paraíso das Morenas”. Os laços, quase consangüíneos, falaram mais forte e, em 1955, essas escolas se uniram para formar a Unidos de São Carlos. Desde então, o efeito ioiô, aquele sobe-e-desce de grupos, pontuou a história da São Carlos, mas nem por isso deixou de fazer bonito no desfile principal. Dois exemplos são notórios e foram reeditados recentemente: “A festa do Círio de Nazaré”, em 1975, e “Arte Negra na Legendária Bahia”, de 1976, que revelou o talento do compositor e intérprete Dominguinhos do Estácio.


Em 1983, mais uma mudança: a Unidos de São Carlos vira Estácio de Sá. Suas cores, antes azul-e-branca, voltam a referenciar a herança direta da Deixa Falar, e o “pavilhão do amor” balança novamente vermelho e branco. A troca no nome era para adequar a escola à sua comunidade, que já contava, na época, com integrantes e simpatizantes que iam além das fronteiras do Morro de São Carlos.

Em sua nova fase, a Estácio, já no desfile principal, tomou características de uma escola leve, descontraída e irreverente, mas nunca emplacando uma posição de grande destaque – no máximo, o quarto lugar com a primeira versão de “O tititi do sapoti”. Mas, em 1992, veio a surpresa que ninguém esperava. Quando todos davam como certo o título para a bicampeã Mocidade, o Leão corre por fora e abocanha o título, com o enredo “Paulicéia Desvairada, 70 anos de Modernismo no Brasil”. Este é o único campeonato da Estácio de Sá no Grupo Especial, que, em 1997, sofreu um baque e retornou ao Grupo de Acesso A, onde permaneceu por nove anos. Chegou a ir para a terceira divisão do samba, o Grupo de Acesso B, em 2005. Sua retomada ascendente, campeã dos Grupos de Acesso em 2005 e 2006 culminou em seu retorno à elite do samba. No Carnaval 2007 a escola reeditou no Grupo Especial o inesquecível enredo “Tititi do Sapoti”. Após um desfile que sacudiu a Marquês de Sapucaí, a Estácio de Sá retornou ao Grupo de Acesso, onde está há quatro anos em busca de uma vaga no Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro.

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