Vila Isabel

Rio Carnival
Rio Carnival

Ficha Técnica 2024

  • Enredo: “Gbalá: uma viagem ao Templo da Criação”
  • Carnavalesco: Paulo Barros
  • Presidente: Luiz Guimarães
  • Presidente de honra: Martinho da Vila
  • Diretor de Carnaval:Moisés Carvalho
  • Diretor de Harmonia: Marcelinho Emoção
  • Intérprete: Tinga
  • Mestre de Bateria: Macaco Branco
  • Rainha de Bateria: Sabrina Sato
  • Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Cris Caldas e Marcinho Siqueira
  • Comissão de Frente: Alex Neoral e Márcio Jahú

“Gbalá – Viagem ao Templo da Criação”

G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel |Carnaval 2024

Sinopse – RESUMO

Para o ano de 2024, levaremos para a avenida “Gbalá – Viagem ao Templo da Criação”, reeditando o enredo do nosso desfile de 1993, do saudoso carnavalesco Oswaldo Jardim. Partindo de uma narrativa fictícia, criada à época, utilizando a cultura Yorubá como base criativa, não só prestaremos uma homenagem ao artista como também visitaremos nosso baú de memórias, propondo uma reflexão sobre nosso planeta, as mazelas que os humanos fazem à Terra e a possibilidade de nos salvarmos através das crianças e sua candura.

Em nosso enredo, o mundo em que vivemos se encontra corrompido de seus propósitos iniciais, tendo o homem se perdido de sua missão inicial, designada por Oxalá: ajudar a cuidar e manter o planeta Terra em plena harmonia. Tomado pela ganância, a humanidade envenenou o planeta fazendo, assim, com que o seu criador também adoecesse. A única alternativa para salvá-lo seria levar crianças, de todo o mundo, ao Templo da Criação para que, conhecendo o mundo tal qual foi concebido, curassem Oxalá dos males e salvassem a humanidade.

Ao chegarem, conheceram a criação do mundo, as profundezas do mar, o esplendor e colorido da natureza e logo aprenderam como o planeta se estabeleceu. Viram, também, a criação do homem e o corpo humano além de sua materialidade, observando suas diferentes formas, usos e relações culturais. Enxergaram sobre a evolução, aprendendo sobre os avanços que deveriam ser usados para que a vida humana tenha o sentido da bondade, paz e amor. Ao fim, rebatizadas nas sete águas sagradas, aprenderam o mais importante dos valores, aquele que carregavam dentro de si: a esperança!  Voltaram da sua jornada carregando a certeza de que nelas reside a possibilidade de salvar nosso mundo e o caminho para um lugar melhor.

O mundo precisa de mudanças e a “criança é esperança de Oxalá” para que a humanidade se salve de sua própria ganância. Gbalá! Resgatar! Salvar! Avante, Vila Isabel!

Títulos da Escola

2013

Campeã

1988

Campeã

2006

Campeã

Ficha Técnica

  • Fundação: 04/04/1946
  • Cores: Azul e Branco
  • Presidente: Luiz Guimarães
  • Presidente de Honra: Martinho da Vila
  • Quadra: Av. 28 de Setembro, nº 382 – Vila Isabel – Rio de Janeiro – RJ – CEP 20551-031
  • Barracão: Cidade do Samba (Barracão nº 05) – Rua Rivadávia Correa, nº 60 – Gamboa – CEP: 20.220-290
  • Web site: http://www.unidosdevilaisabel.com.b

A História da Vila Isabel

A casa de “China”, primeiro presidente da escola, serviu até 1958 como sede administrativa da agremiação. Os ensaios eram realizados no Campo do Andaraí. O primeiro enredo da Vila, De Escrava a Rainha, contou com apenas 100 componentes desfilando na Praça Onze: 27 ritmistas, 13 baianas e mais 50 pessoas. Paulo Brazão, um dos fundadores da escola, foi um dos maiores ganhadores de samba-enredo da Vila Isabel, em 1960, a escola ficou em primeiro lugar no Grupo 3, com o enredo Poeta dos Escravos.

Uma das figuras mais conhecidas da escola é, sem dúvida, Martinho da Vila. Sua entrada na agremiação aconteceu em 1965: ele fazia parte da Escola de Samba Aprendizes da Boca do Mato e já estava partindo para o Império Serrano, quando surgiu o convite para integrar a ala de compositores da Vila Isabel. Na nova escola, Martinho reestruturou a forma de compor sambas de enredo, com a introdução de letras e melodias mais suaves, emplacando 4 sambas consecutivamente. No carnaval de 1967, Martinho da Vila compôs Carnaval de Ilusões, em 1968 Quatro Séculos de Modas e Costumes, em 1969, Iaiá do Cais Dourado e em 1970, Glórias Gaúchas.

Em 1979, a Vila saiu vitoriosa do Grupo 1B, com um enredo feito por Yêdda Pinheiro, falando sobre Os dourados anos de Carlos Machado. Foi a primeira vez que uma escola homenageou um vulto da cultura ainda vivo. Hoje é lugar comum, mas esta foi a primeira vez em que isto foi feito.

No grupo especial, a Vila Isabel conquistou seu primeiro campeonato apenas em 1988, desfile do samba-enredo Kizomba, a festa da raça. O desfile marcou a passarela do samba, por abusar de materiais alternativos, como a palha e sisal, e pela garra dos componentes da escola. Para muitos que seguem os desfiles este é considerado um dos maiores desfiles de todos os tempos.Infelizmente, devido a um grave temporal, que deixou a cidade do Rio de Janeiro em estado de calamidade pública, o Desfile das Campeãs não foi realizado.

Após a vitória de 1988, a escola ainda conseguiu uma boa colocação com Direito é Direito, em 1989 (4º lugar), nesse ano, foi marcante a comissão de frente formada por mulheres grávidas. Mas na década de 1990, a escola alternou entre a 7ª e a 12ª colocação. Em 2000, no entanto, a Vila Isabel ficou na 13ª colocação, sendo rebaixada para o Grupo de Acesso. Em 2002, com um enredo sobre Nilton Santos a Vila deixou de subir ao Grupo Especial por engano de um julgador, que trocou a nota 10 que seria dada à Vila por uma nota menor, que seria dada à União da Ilha. Com isso, a Acadêmicos de Santa Cruz, sagrou-se campeã.

Em 2004, com um enredo sobre a cidade de Paraty, a Vila retorna ao especial, sagrando-se campeã do Grupo de Acesso. Em 2005 tendo Joãosinho Trinta à frente, que vítima de um derrame cerebral não pode continuar os trabalhos a Vila trouxe um enredo sobre navios que lhe deu a 10ª colocação.

Em 2006, a Vila Isabel levou para a avenida o enredo “Soy loco por ti América – A vila canta a latinidade”, do carnavalesco Alexandre Louzada e conseguiu seu segundo título, depois de muito sofrimento na apuração. Com um contagiante refrão, o samba-enredo da Vila Isabel foi um dos que mais fizeram as arquibancadas cantarem e, curiosamente, foi o que determinou o título.[31] A empresa PDVSA, estatal petrolífera da Venezuela, financiou o carnaval da Vila Isabel com uma doação de R$ 900 mil. Entretanto, segundo reportagem do “Jornal do Brasil” de 3 de março de 2006, autoridades venezuelanas estavam investigando o patrocínio e seu verdadeiro valor, pois há versões de que o montante ficou entre US$ 450 mil e US$ 2 milhões. O matutino venezuelano Reporte noticiou em sua capa que mais de 500 pessoas viajaram ao Rio de Janeiro com todas as despesas pagas pela PDVSA para participar do desfile da Vila Isabel. Em 2007, com enredo falando sobre as Metamorfoses, de Cid Carvalho, que estreava carreira-solo, terminando na 6ª posição.

No carnaval de 2008, falando sobre os Trabalhadores do Brasil, a Vila vem com um desfile rico e visualmente perfeito. No entanto, um erro de manobra do último carro prejudicou a escola de Noel, mas não tiraram o brilho da Miss Brasil 2007 Natália Guimarães que assumiu o posto de madrinha de bateria

No carnaval de 2009, a Vila falou sobre o centenário do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com o enredo “Neste Palco da Folia, Minha Vila Anuncia: Theatro Municipal, a Centenária Maravilha”, de autoria do carnavalesco Alex de Souza, que em parceria com o polêmico Paulo Barros, terminou na 4º colocação.

No carnaval de 2010, a Vila falou sobre o centenário de Noel Rosa, com o enredo “Noel: a presença do poeta da Vila”,do carnavalesco Alex de Souza. Para este carnaval, contou com um samba composto por Martinho da Vila, o que não acontecia desde 1993, além das estreias de Mestre Átila, como diretor de bateria e a presença de Gracyanne Barbosa como rainha de bateria. No entanto, a escola que lutava por mais um título, terminou na mesma colocação do ano anterior.

Meses após o carnaval, seu presidente na época, Wilson Vieira Alves (mais conhecido como “Moisés”), foi preso durante a Operação Alvará, após ser acusado de liderar a máfia ligada a exploração de caça-níqueis em Niterói e São Gonçalo. Com sua prisão, assumiu interinamente a direção da escola seu filho Wilsinho, que acumulava também o cargo de superintendente.

No Carnaval de 2011, a escola apresenta um enredo sobre o cabelo, enredo desenvolvido pela carnavalesca Rosa Magalhães, alcançando apenas o quarto lugar. Nesse mesmo ano o presidente Wilsinho é eleito para comandar a agremiação.

No Carnaval de 2012, a Vila Isabel foi a última escola a desfilar no primeiro dia, com o sol bastante claro na Sapucaí levou o enredo “Você Semba Lá… Que Eu Sambo Cá – O Canto Livre de Angola”, sobre Angola num desfile que marcou a escola e fazendo ela ficar em terceiro lugar.

No Carnaval de 2013, a escola homenageou o agricultor com o enredo “A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo – Água no feijão que chegou mais um”. A Escola recebeu patrocínio de aproximadamente 10 milhões de reais da empresa alemã BASF, uma das maiores fabricantes de fertilizantes do mundo.. O desfile da Vila Isabel foi o último do segundo dia de desfiles. A Vila Isabel era considerada por muitos, tanto público quanto especialistas, uma das favoritas, juntamente com a Beija-Flor, Unidos da Tijuca de Paulo Barros e Salgueiro. No dia da apuração, porém, a Vila se sobressaiu sobre as demais escolas e conseguiu seu terceiro título no Grupo Especial, consagrando assim o melhor samba de 2013 composto por André Diniz, Arlindo Cruz, Martinho da Vila, Tunico e Leonel

A parceria de sucesso com a empresa BASF foi mantida para o carnaval de 2014, quando a agremiação falou novamente sobre o campo.[46] Depois do título, a escola não conseguiu renovar os contratos do interpréte Tinga ,do casal de mestre-sala e porta bandeira Julinho e Ruth. além da carnavalesca Rosa Magalhães. trazendo Gilsinho, como novo cantor. o casal Marquinhos e Giovanna além do retorno do carnavalesco Cid Carvalho falando sobre os Biomas e Foclore brasileiro.[52]

Meses depois, mais um contrato não foi renovado Paulinho Botelho que após dois anos, deixou o comando de bateria, que passa a ser comandada por Wallan. E na madrugada do dia 9 de dezembro, a escola escolheu seu samba para o carnaval de 2014, que mais uma vez foi da parceria de André Diniz, Evandro Bocão, Professor Wladimir, Arlindo Cruz e Artur das Ferragens. que derrotou outro samba, visto como favorito na escola, de: Tunico da Vila, Pedro Luís, Suzana Pires e Thales Nunes. Em novembro, o carnavalesco responsável por assinar o desfile de 2014 deixa a escola. A agremiação anunciou que uma comissão de carnaval com profissionais da casa iria elaborar o carnaval de 2014. Meses depois, Cid foi reintegrado novamente como carnavalesco da escola, após se desculpar e pedir uma segunda chance Ainda em 2014, o então presidente Wilsinho Alves, desistiu de tentar uma reeleição, antes disso, quitou todas as dívidas da escola, algo que estava estimado em mais de 800 mil Reais.[60] Elizabeth Aquino, foi eleita Presidente da Vila Isabel para o triênio 2015/2016/2017.

Em 2015, a Vila Isabel ficou na penúltima posição na classificação dos desfiles com enredo sobre o maestro Isaac Karabtchevsky.Três meses depois do carnaval,a então presidente Elisabeth Aquino,renunciou ao cargo argumentando que havia entre ela e alguns membros da sua própria gestão uma incompatibilidade de pensamentos. Em seu lugar entrou Luciano Ferreira, que além de reforçar o carro de som com a chegada de Igor Sorriso – vindo da São Clemente, contratou o carnavalesco Alex de Souza que em 2016 desenvolveu o enredo “Memórias do ‘pai Arraia’ – Um sonho pernambucano, um legado brasileiro” que homenageia a cultura de Pernambuco e o político Miguel Arraes. Em 24 de dezembro de 2015 a escola perde o compositor Leonel, morto na porta de sua residência..No ano seguinte, num desfile visualmente melhor, a Vila Isabel foi a primeira escola a desfilar na segunda noite. Com um sambódromo ainda frio, a escola fez um desfile mediano e, homenageando Miguel Arraes, conseguiu um oitavo lugar, um desempenho melhor que em 2015, quando a escola ficou em 11º.

Em 2017, a escola renovou com Alex de Souza, e o enredo para a disputa do carnaval foi “O Som da Cor”. O samba-enredo foi tido por muitos no período pré-carnaval como um dos melhores do ano, e prometia no dia do desfile, No entanto, o que se viu na avenida foi um desfile muito abaixo do que se esperava, com alegorias e fantasias mal-acabadas. Mesmo com o excelente samba, a harmonia da escola não foi das melhores, e a Vila Isabel conseguiu apenas um décimo lugar.

Após uma sequência de péssimos resultados,a direção da escola resolveu arriscar e rescindiu o contrato de cinco anos com Alex de Souza.A escola contratou Paulo Barros, que deixou a Portela após o fim de seu contrato na outra escola. Os dois trabalharam juntos na mesma Vila Isabel em 2009, num enredo sobre o Theatro Municipal, mas dessa vez o carnavalesco recém-campeão pela escola de Madureira assinará o enredo de 2018 sozinho,mas terá o auxílio de Paulo Menezes.